As mulheres, em geral, se preocupam em maior proporção com a saúde, quando comparadas ao público masculino. Estudos constatam que os homens são mais acometidos por condições severas e crônicas do que as mulheres, tendo em vista que a busca por serviços de atenção primária é menor.
O público feminino necessita de cuidados específicos por conta de suas modificações corporais. Dentre as condições que afetam as mulheres e que exigem uma mudança de estilo de vida preventiva, por meio da nutrição integrada, destacam-se o câncer feminino, especialmente de mama e útero, e a infertilidade, cada vez mais prevalente nesse gênero.
O câncer de mama é um dos desafios no cenário atual, sendo o tipo mais acomete as mulheres no país. Pesquisas epidemiológicas indicam que condições individuais, de estilo de vida e ambientais podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do câncer. Outros fatores ambientais ou comportamentais, como reposição hormonal, ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal e uso do tabaco podem ser considerados fatores de risco de alto grau. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o segundo tumor mais frequente entre as mulheres é o câncer de colo de útero. Esse tipo é considerado um fator de risco para a infertilidade feminina.
Os problemas de anovulação são responsáveis por 25% a 50% das causas de infertilidade feminina. Além disso, pode-se destacar que a idade avançada e a obesidade têm um efeito negativo na fertilidade, evidenciando a importância de melhorar a qualidade da alimentação e o equilíbrio de peso, especialmente em mulheres mais velhas.
A modulação da nutrição para a fertilidade, com uma visão atualizada e a prevenção de diferentes tipos de câncer mais prevalentes no público feminino serão abordados no Módulo Saúde da Mulher do MBNE 2020, com a palestras da Dra. Juliana Geraix e Dra. Debora Valadão.
REFERÊNCIA
WEISS, Rita Vasconcellos; CLAPAUCH, Ruth. Female infertility of endocrine origin. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 58, n. 2, p. 144-152, Mar. 2014.