BLOGS CIENTÍFICOS

Melasma: como a nutrição pode contribuir com o tratamento?

Melasma: o que é e como ocorre

O melasma é uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica e apresenta máculas marrom-claras a escuras na face, principalmente na área do malar e da testa.

Os melanócitos da pele produzem a melanina que é transferida para os queratinócitos adjacentes. Esse processo de melanogênese é influenciado por idade, predisposição genética, exposição à radiação UV e alterações hormonais

A influência do processo oxidativo no melasma

As Espécies Reativas de Oxigênio (ERO´s) são produzidas por fatores ambientais e até fisiológicos, entretanto, quando não há quantidades suficientes de antioxidantes pode ocorrer danos oxidativos na pele com interação de lipídios celulares, proteínas, carboidratos e até DNA.

Com esse desequilíbrio oxidante-antioxidante várias interleucinas e citocinas podem estimular a proliferação de melanócitos, aumentar a produção de melanina e a transferência de melanossomas.

O que tem de novo no tratamento no melasma

A natureza multifatorial da patologia torna difícil o tratamento, além da alta probabilidade de recorrência. Apesar disso, sabe-se que é multifatorial e envolve proteção contra os raios solares com protetores físicos e químicos (FPS 30 e de preferência com agente bloqueador físico, como óxido de zinco ou dióxido de titânio), uso de chapéus de abas largas, terapias medicamentosas orais e tópicas.

Dieta anti-inflamatória e melasma

A dieta com característica anti-inflamatória e antioxidante pode contribuir o tratamento concomitantemente aumentando o aporte de substâncias para combater os radicais livres:

  • Adequação proteica: a oferta adequada de aminoácidos contribui para reparar o fotodano, aumentar a taxa de renovação de queratinócitos e diminuir o acúmulo de melanina.
  • Ácido ascórbico: é cofator enzimático de reações que envolvem a produção de colágeno, além de melhorar a absorção de ferro e ter ação antioxidante.
  • Cúrcuma: possui alta capacidade anti-inflamatória e antioxidante, auxiliando na diminuição da proteína C reativa e na inflamação sistêmica.
  • Ômega-3: além de atuar contra agentes oxidantes, faz parte da composição da barreira celular e ajuda da preservação da barreira cutânea.

REFERÊNCIAS

SARKAR, Rashmi; BANSAL, Anuva; AILAWADI, Pallavi. Future therapies in melasma: what lies ahead? Departamento de Dermatologia. Índia, p. 8-17. 29 set. 2019. Disponível em: https://ijdvl.com/future-therapies-in-melasma-what-lies-ahead/. Acesso em: 08 fev. 2022.

RAJANALA, Susruthi; MAYMONE, Mayra Bc de Castro; A VASHI, Neelam. Melasma pathogenesis: a review of the latest research, pathological findings, and investigational therapies. Journal Dermatology Online Journal. Califórnia, p. 1-7. out. 2019. Disponível em: https://escholarship.org/content/qt47b7r28c/qt47b7r28c.pdf?t=qaoyi9. Acesso em: 08 fev. 2022.

GARG, Suruchi; SANGWAN, Ankita. Dietary Protein Deficit and Deregulated Autophagy: a new clinico⠱diagnostic perspective in pathogenesis of early aging, skin, and hair disorders. Indian Dermatology Online Journal. India, p. 115-124. 15 mar. 2019. Disponível em: https://www.idoj.in/article.asp?issn=2229-5178;year=2019;volume=10;issue=2;spage=115;epage=124;aulast=Garg. Acesso em: 08 fev. 2022.

blank