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Colágeno como coadjuvante no tratamento da lipodistrofia ginoide

A gordura localizada e a lipodistrofia ginoide (ou paniculite) acometem maior parte do público feminino, podendo ser agregada ou não à obesidade do tipo ginoide com topografia localizada nos abdômen, quadris, nádegas e membros inferiores. Representam importante problema social devido à determinação de padrões de beleza que é refém de um corpo sem imperfeições, como imposto pela mídia, assim, a busca pelo corpo perfeito vem aumentando com o passar dos anos.

 

A “celulite” se subclassifica segundo a presença ou ausência do chamado granuloma lipofágico, no qual os adipócitos são fadigados e substituídos por fibroblastos em: paniculites não lipogranulomatosas ou lipogranulomatosas, que podem ser lipoesclerose ou colagenose. Logo, a lipodistrofia ginoide é um tecido mal-oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema cardiovascular e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. Portanto, esse tecido apresenta degeneração das fibras elásticas, proliferação de fibras colagênicas, hipertrofia dos adipócitos e edema.

 

A pele é responsável pelas propriedades de resistência, elasticidade, sustentação e hidratação. Contém fibroblastos que sintetizam colágeno, elastina, glicosaminoglicanos (GAG), entre outras moléculas. Existem dois tipos de colágeno, o tipo I é mais frequente nos tendões, já o tipo II encontra-se na derme. Para o tratamento da lipodistrofia ginoide existe uma série de métodos tanto invasivos quanto não invasivos, dentre estes, destacam-se as técnicas utilizando radiofrequência, infravermelho, que estimulam a síntese de colágeno e lipólise, além disso, existe como tratamento a ingestão de colágeno hidrolisado.

 

Quando uma pessoa consome um alimento rico em colágeno, esse será degradado em aminoácidos e utilizado para diversas necessidades especiais que podem ser ou não a produção de colágeno, mas se a ingestão for de colágeno hidrolisado o quadro muda, pois o colágeno nesta forma “pré-sintetizada” fica disponível para sua construção. Portanto, o colágeno pode ser utilizado para o tratamento contra a lipodistrofia ginoide devido ao seu poder de promover maior resistência e tônus, e, com o tecido tegumentar mais firme, é muito mais difícil que essas pequenas ondulações se desenvolvam.

 

Referências:

RAMOS, F. A. T. R. Abordagem terapêutica das paniculoses. Recife: Universidade federal de Pernambuco, 2003.

CUNHA MG, CUNHA ALG, MACHADO CA.  Fisiopatologia da lipodistrofia ginóide. Surg. Cosmet. Dermatol. 2015.

KARKOW, F, J. et al. Tratado de metabolismo humano. Rio de Janeiro: Rúbio, 2010.

QUINTERO, N. E. Revision sistematica de la literatura: efecto de la radiofrecuencia como tratamiento de la lipodistrofia ginecoide (celulitis). Especialização de medicina estética. Rosario: Universidad Del Rosario, 2011.

Filippo AA, Salomão Júnior A. Tratamento da lipodistrofia com 4 técnicas combinadas. Surg. Cosmet. Dermatol. 2012.

 

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