O envelhecimento da pele é decorrente de interações biológicas, bioquímicas e físicas que induzem danos que alteram funções cutâneas.
A epiderme afina, a renovação celular é reduzida e ocorre diminuição da proliferação de queratinócitos. A derme tem seu processo de vascularização comprometido e, consequentemente, maiores prejuízos no aporte de nutrientes para as células e degradação das fibras de colágeno.
Além disso, o tecido adiposo também passa pelo processo de atrofia e é redistribuído conforme os mecanismos de senescência, levando a um afinamento geral da pele com flacidez e aparecimento de sinais visíveis, como rugas.
O papel dos polifenóis na saúde
Hussin et al (2020) aponta que os compostos naturais podem contribuir para efeitos terapêuticos, os quais são derivados de um grupo de metabólitos secundários denominados polifenóis.
As plantas sintetizam naturalmente polifenóis que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas, antiobesidade e antidiabéticas.
Além disso, essas substâncias podem defender as células do estresse oxidativo devido a sua interação em nível celular, principalmente através do contato direto com receptores e enzimas relacionadas à transdução de sinais.
Os polifenóis também têm efeitos pró oxidantes em vias fisiológicas celulares, como é o caso de células tumorais, as quais são eliminadas via apoptose.
Efeitos no antienvelhecimento
A elastina está localizada no tecido conjuntivo e é responsável pela elasticidade da pele e dos pulmões. É degradada pela enzima elastase, a qual tem sua atividade aumentada com o envelhecimento e/ou exposição constante à radiação UV.
O colágeno é a proteína mais abundante da matriz extracelular e um dos principais componentes da pele. É responsável por proporcionar força, elasticidade e flexibilidade. Ele é degradado pela enzima denominada colagenase, por essa razão, compostos que inibem a atividade enzimática podem ter efeito antienvelhecimento.
No estudo de Hussin et al (2020), foi visto que polifenóis e flavonoides desempenharam essa função através da interação com componentes celulares, modificando seu funcionamento, principalmente aqueles que estão presentes na erva Persicaria minus, como quercetina, catequina e apigenina.
Portanto a inclusão de determinados compostos bioativos pode colaborar para o retardo do processo de envelhecimento quando introduzidos em uma dieta com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Módulo In & Out na Nutrição Estética e Saúde da mulher do MBNE 2022
O processo de envelhecimento é multifatorial e o manejo para o retardo desse processo demanda estratégias que envolvem o estilo de vida, inclusive a alimentação. Sabe-se que a dieta com características anti-inflamatórias e antioxidantes pode auxiliar e também pode ser otimizado com a ingestão de compostos bioativos relacionados. Saiba mais sobre o assunto no MBNE com o nutricionista Dr. Felipe Cardoso.
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REFERÊNCIAS
BOISMAL, Françoise et al. Skin aging: pathophysiology and innovative therapies. Med Sci. Paris, p. 1163-1172. dez. 2020. Disponível em: https://www.medecinesciences.org/en/articles/medsci/full_html/2020/11/msc200325/msc200325.html. Acesso em: 09 mar. 2022.
HUSSIN, Mahanom et al. NMR-based metabolomic profile for radical scavenging and anti-aging properties of selected herbs. Molecules. Malásia, p. 1-24. 3 set. 2019. Disponível em: https://www.mdpi.com/1420-3049/24/17/3208/htm. Acesso em: 10 mar. 2022.