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4 Fitoterápicos com Propriedades Dermoprotetoras.

O uso de fitoterápicos na prática clínica do nutricionista vem crescendo por conta dos novos estudos que comprovam sua eficácia, especialmente na nutrição estética. A Organização Mundial de Saúde (OMS) postula que as plantas medicinais são consideradas qualquer tipo de vegetal composto por bioativos que promovem efeitos terapêuticos e que agreguem valor nutricional associado ao equilíbrio do organismo.

A pele é continuamente exposta a influências externas que podem alterar suas funções, sofrendo alterações que conduzem ao fotoenvelhecimento. Esse envelhecimento dos queratinócitos, que estão presentes também nos cabelos e unhas, é alvo de danos induzidos por fatores ambientais e pelo metabolismo oxidativo interno, na qual há uma redução significativa da capacidade de homeostase corporal. Os radicais livres gerados pelas reações metabólicas, tem a capacidade de estimular os receptores de sinalização nuclear, oxidação de proteínas, dano ao DNA mitocondrial, redução dos telômeros e mutações genéticas. Pesquisas mostram que determinadas plantas fitoterápicas podem contribui com efeito anti-aging, minimizando o fotoenvelhecimento, além de promover outras ações na modulação da aparência da pele. Veja os mais evidenciados:

  1. Astragalus membranaceus

Astragalus membranaceus é uma planta com propriedades terapêuticas comprovadas nos mecanismos de ação antienvelhecimento. Uma delas é a capacidade em aumentar a produção de ácido hialurônico em queratinócitos epidérmicos e fibroblastos, através da expressão otimizada de enzimas sintetases associadas a este mecanismo fotoprotetor. Além disso, este extrato vegetal tem demonstrado efeito imunomodulador, potencializando as defesas imunitárias contra danos ocasionados pela exposição à radiação UVA.

 

  1. Theobroma cacao

Os grãos de Theobroma cacao são considerados fonte abundante de polifenois, especialmente flavonoides. A ciência demonstra, através de estudos in vivo e in vitro, a eficácia dos flavonoides na redução de citocinas pró-inflamatórias em pacientes com dermatite atópica. Ainda, os derivados de xantina também presentes no cacau podem impedir a infiltração de neutrófilos provocada pela irradiação ultravioleta, contribuindo com a fotoproteção.

 

  1. Centella asiática

Centella asiática é uma erva medicinal utilizada na antiguidade. Sua composição de bioativos incluem triterpenos pentacíclicos, sobretudo, o ácido asiático (asiaticosídeos) e o madecássico. Como fitoterápico com capacidade fotoprotetora, os fitoquímicos presentes na centella podem atuar na indução da síntese de colágeno do tipo I em células de fibroblastos, auxiliando na cicatrização de feridas associadas a dermatites e em doenças como psoríase.

 

  1. Magnolia officinalis

O Honokinol é um componente fenólico presente em altas concentrações na planta Magnolia officinalis, que atua com propriedades anti-inflamatória, antioxidante e antifúngica. Estudos mostram sua eficácia na inibição do envelhecimento acelerado da pele, além de contribuir com a prevenção da hiperqueratinização e degradação das fibras de colágeno.

 

A literatura científica relata, cada vez mais, as novas abordagens em relação ao uso de ativos botânicos como coadjuvantes na promoção da saúde e nos cuidados com a estética corporal.

 

REFERÊNCIAS

 BINIC, I. et al. Skin Ageing: Natural Weapons and Strategies.  Evidence Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2013, p. 1-10, 2013.

 COSTA, A. et al. Honokiol protects skin cells against inflammation, collagenolysis, apoptosis, and senescence caused by cigarette smoke damage. Int J Dermatol., v. 56, n. 7, p. 754-761, jul. 2017.

 NASRI, H. et al. Medicinal Plants for the Treatment of Acne Vulgaris: A Review of Recent Evidences. Jundishapur J Microbiol., v. 8, n. 11, p. 1-9, nov. 2015.

 KANG, C. et al. Antioxidant and Skin Anti-Aging Effects of Marigold Methanol Extract. Toxicol. Res., v. 34, n. 1, p. 31-39, 2018.

DING, A. et al. Current Perspective in the Discovery of Anti-aging Agents from Natural Products. Nat. Prod. Bioprospect., v. 7, p. 335-404, 2017.

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